sábado, 16 de maio de 2009

Capa e orelha


A felicidade está em ter tudo na vida?

Caso esse “tudo” resuma-se aos bens materiais, ela pode simplesmente nem existir, ser uma condição aparente. Quando se está na adolescência, na fase em que a identidade começa a ganhar contornos definitivos e a autoestima pode ser mais facilmente abalada, as dificuldades parecem aumentar.
Como se não bastasse, esse é o momento em que se percebe que o mundo é muito maior que o próprio quarto. Assim, até ponto a super proteção dos pais pode salvar os filhos dos reais “perigos”? Em que medida ela apenas atrapalha o despertar do jovem a vida adulta?
Adolescente Xexa, personagem principal desta história, de repente acorda em meio à dura realidade da separação dos pais, que por tanto tempo a protegeram do mundo. Revoltada, encontra na amizade com a tia, Lúcia, uma forma de tentar superar seus problemas. E isso se dá de forma um tanto intensa, já que ela descobre, enquanto acompanha as reportagens da tia por São Paulo, uma infinidade de problemas na vida das outras pessoas: violência, miséria, corrupção...
Tendemos a pensar que nossos problemas são sempre os piores, apenas porque são nossos. A realidade, no entanto, é tão ou mais dura com outros que estão na luta por uma vida mais digna e feliz. Somente às vezes conseguimos notar como somos egoístas em achar que apenas nós temos problemas e quanto menos corações de pedra existirem no mundo, maiores as chances de todos serem um pouco mais felizes.

Fonte: Orelha do livro. Corações de Pedra. Série Jovem Brasil. Editora do Brasil, 2008.

Livro Indicado para o 8° Ano do Colégio Logos
Então, boa leitura, boa refelexão e boa viagem!

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