terça-feira, 27 de abril de 2010

Literatura em Video - apresentação


Preparem para o Festival

Ano passado no colégio participou com concurso Festival Reencontro da Editora Scipione, ficamos entre os 10 melhores.

Esse ano Scipone , Ática e Editora Abril se reuniram e o festival ficou maior e com mais prêmios: acesse o site e tenha mais informações:

http://www.literaturaemvideo.com.br/


O que é?

Concurso de Vídeo para estimular a criatividade e o prazer da leitura

Quem pode participar?

Alunos de EF II e EM, coordenados por um professor responsável

Como?

Produza um vídeo de até 5 minutos, baseado em uma das obras de ficção da Ática ou da Scipione.

Acesse os vídeos do ano passado:

http://www.scipione.com.br/reencontro/literatura/home/ (escolha a opção Festival de Vídeo e veja os vídeos do ano passado)


domingo, 4 de abril de 2010

O MÉDICO E O MONSTRO

Segundo as teorias de Dr. Jekyll, o homem, na verdade, não é apenas um, mas dois. Todo ser humano é dotado de duas naturezas completamente opostas equilibradas de acordo com sua saúde mental. Uma é boa, aquela que traz admiração das pessoas, compaixão dos mais velhos, elogios dos amigos e da esposa ou namorada.; outra é má, aquela que é violenta, agressiva, mal-educada, feia e temida por todos. Quando bem distribuídas, com pequenas alternâncias de estado, o homem pode ser considerado normal, mas há os casos em que uma natureza se sobrepõe a outra, tentando se libertar. O problema torna-se grave quando quem alcança a liberdade é o lado negativo, gerando as fatalidades que estamos acostumados a presenciar nos noticiários televisivos.

Com base nessas idéias, o médico e cientista, Dr. Jekyll, personagem do clássico da literatura gótica, O Médico e o Monstro (Dr. Jekyll and Mr. Hyde), dedicou anos de estudo em busca de uma fórmula que fosse capaz de trazer à tona a natureza má do ser humano. Enfim, ele conseguiu. Não só ele, mas também Robert Louis Stevenson, autor da obra, ao desenvolver numa trama repleta de mistério e suspense as bases de uma teoria que somente décadas a frente seria estudada por Sigmund Freud. Não é difícil encontrar evidências de uma tese sobre o consciente e o subconsciente nas entrelinhas dessa obra de ficção do final do século XIX. Para isso, basta ler o último capítulo do livro em que o médico, num momento de lucidez, narra em uma carta todo seu trabalho e pesquisa dos últimos anos.

O livro tem início com a presença de Sr.Utterson, o advogado de Dr.Jekyll, caminhando pelas ruas silenciosas de Londres ao lado de seu parente, Sr. Richard Enfield, a quem ele narra os estranhos acontecimentos envolvendo uma porta e uma figura misteriosa. Ele diz que presenciou o momento em que um homem de aparência detestável, que andava a passos largos, atropelou uma criança que vinha em sentido contrário, deixando-a aos berros na calçada. Após perseguido e trazido ao local do acidente, o monstruoso homem, que se chamava Hyde, disse que estaria disposto a pagar pelos prejuízos causados à família da menina. Não acreditando na afirmação daquele sujeito horrendo, Sr.Utterson foi com ele até uma estranha porta e ficou estarrecido quando recebeu um cheque com fundos. A narração termina com a promessa de Sr. Utterson em realizar uma pesquisa sobre o Sr.Hyde a todo custo.

Para deixar o advogado ainda mais confuso a respeito do último acontecimento, ele recebe uma notificação de Dr.Jekyll , um respeitado e admirado médico, favorecendo em seu testamento, em caso de desaparecimento, ninguém menos que Dr.Hyde. A partir desse ponto, o médico começa a se isolar em seu quarto, deixando de lado todos os seus conhecidos, enquanto o advogado passa a acreditar em seqüestro, chantagem e até mesmo assassinato envolvendo o amigo. As piores hipóteses passam a adquirir sentido quando Sir Danvers Carew, um velho rico e tranqüilo, é assassinado de forma brutal, sob os olhares de uma criada do alto de uma janela. Após a descrição da moça, Dr.Hyde se torna o maior suspeito do crime, passa a ser perseguido pela polícia local e desaparece sem deixar vestígios, no mesmo instante em que Dr.Jekyll ressurge na sociedade. A partir desse ponto, o leitor ainda irá encontrar muitas surpresas até a revelação final, quando o espesso nevoeiro londrino irá se dissipar.

Numa linguagem bem acessível, O Médico e o Monstro inspirou diversos autores na construção de suas obras, gerou alguns filmes, principalmente os que envolvem dupla personalidade, e até um personagem dos quadrinhos. Robert Louis Stevenson, responsável por outro clássico literário, A Ilha do Tesouro, conduz essa trama como se fosse mais uma aventura gótica do detetive Sherlock Holmes, de Conan Doyle, deixando pistas e intrigando ao mesmo tempo em que suas descrições perturbam o leitor desacostumado com o gênero. Dr. Hyde é apresentado como uma pessoa de aparência negativa e curiosa, dando a impressão que se trata de uma criatura deformada, mesmo não sendo. Sua baixa estatura, sua palidez mórbida, seu sorriso desagradável e voz medonha, tudo se definia nas assustadoras palavras de Sr. Utterson:"pobre Sr.Jekyll, se alguma vez vi a marca de Satanás num rosto, foi no de seu novo amigo."


Análise: Marcelo Milici

Fonte: http://www.bocadoinferno.com/romepeige/lite/medico.html

sábado, 3 de abril de 2010

Bira Dantas

Bira Dantas, em 1979, estagiou no Estúdio Ely Barbosa, onde foi assistente do desenhista Eduardo Vetillo e passou a desenhar para a revista Os Trapalhões. Em 1982 foi contratado como chargista pelo Sindicato dos Químicos de São Paulo; desde então, publica diariamente charges em panfletos, boletins e jornais de Sindicatos e da CUT. Foi intercalador de desenho animado no Briquet Filmes (Bond Boca). Fez parte, em 1985, da AQC (Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas de SP). Colaborou com as revistas em quadrinhos QuadrECA, Pântano, Tralha, Porrada, Megazine e Bundas. Ilustrou publicações empresariais como revistas da IBM, Rockwell Fumagalli, 3M, Lix, Caterpillar do Brasil, Eaton, e apostilas do Anglo, entre outras.
Publicou charges nos jornais Retrato do Brasil (1985), Folha da Tarde de SP (1986) e Diário do Povo (1991 e 1995) de Campinas, cidade onde vive desde 1988. Atualmente é contratado pelo Sinergia SP-CUT, colabora com o Sindipetro, além dos sites Charges online, Humor Brasil, CCQ Humor e Casa dos Bonecos. Em Salões de Humor tem os seguintes destaques: primeiro lugar em caricatura, no IV Salão sobre Desenho de Humor de Belo Horizonte (1986); menção honrosa na IV Mostra de Humor de Araras - SP (1992); Prêmio Júri Popular-Internet no Salão Nacional de Humor sobre fiscalização dos Gastos Públicos - UNACON, de Brasília (1998); duas menções honrosas em caricatura no Salão de Ribeirão Preto - SP (2000); premiado com o Diploma de Mérito Zumbi dos Palmares pela Câmara dos Vereadores de Campinas - SP (2002) pela produção do gibi em quadrinhos Zumbi para o mandato do então vereador do PT Tiãozinho, e primeiro lugar em caricatura no International "Ramiz Gökçe" Cartoon Festival, da Turquia/Chipre (2003). Tem uma revista virtual (Bira, 20 anos de HQ) no site Nona Arte.

Bibliografia

http://www.bigorna.net/index.php?secao=biografias&id=1120234770

Miguel de Cervantes


A pena é a língua da alma.


Romancista, dramaturgo e poeta espanhol, foi o criador de Dom Quixote, a figura mais famosa da literatura espanhola.
Revolucionou a literatura ao utilizar recursos como a ironia e o humor. Embora a reputação de Cervantes se apoie quase que totalmente nas aventuras do cavaleiro das ilusões, Dom Quixote e seu fiel escudeiro, sua produção literária foi considerável.
Miguel de Cervantes nasceu em Alcalá de Henares, uma cidade perto de Madri, em uma família da baixa nobreza. Seu pai era médico e passou a maior parte de sua infância se mudando de uma cidade à outra enquanto seu pai procurava por emprego.
Após estudar em Madri (1568-1569), foi para Roma a serviço de Guilio Acquavita.

Em 1570 se tornou soldado, participando na batalha de Lepanto (1571), durante a batalha foi ferido na mão, o que o deixou aleijado da mão esquerda. Cervantes teve muito orgulho da sua participação na famosa vitória e do apelido que ganhou, el manco de Lepanto. Em 1575, partiu com seu irmão Rodrigo, na embarcação El Sol, para a Espanha. O navio foi capturado pelos turcos e os irmãos levados para Algers como escravos.
Cervantes passou cinco anos como escravo, até que sua família conseguiu juntar dinheiro suficiente para pagar seu dono. Cervantes foi então liberado em 1580. Em 1584 se casou com a jovem Catalina de Salazar y Palacios.
Como não obteve sucesso em sua incursão como escritor, Miguel de Cervantes foi para a região da Andaluzia trabalhar como cobrador de impostos do governo. Após dez anos exercendo a atividade, foi preso em Sevilha, sob a acusação de roubar parte dos tributos arrecadados.
Outro fato que marcou a sua formação aconteceu na Itália, quando trabalhou como serviçal para um cardeal. Na época, o país estava em ebulição com a chegada do Renascimento, um movimento artístico que revelou celebridades como Rafael, Leonardo da Vinci e Michelangelo.
Somente aos 58 anos, com a publicação da primeira parte do livro "Dom Quixote", Cervantes conseguiu a consagração como escritor e passou a se dedicar exclusivamente à literatura. A obra narra as aventuras de um fidalgo (Dom Quixote) e seu fiel escudeiro (Sancho Pança). Com todo o tempo para escrever, Miguel de Cervantes produziu uma série de 12 contos denominada "Novelas Exemplares" (1613), o livro "Viagem ao Parnaso" (1614) e uma coletânea com as suas melhores peças de teatro, "Oito Comédias e Oito Intermédios" (1615).
Morreu em 23 de abril de 1616.

Principais momentos da vida de Cervantes:

- No ano de 1566 foi morar em Madri junto com a família.

- Em 1569 foi morar na cidade de Roma, após ter ferido um homem num incidente em Madri.
- Em 1571 participou na Batalha de Lepanto (contra os turcos). Foi ferido durante um combate e ficou com a mão esquerda inutilizada.
- Entre 1575 e 1580 ficou num cativeiro em Argel (Argélia), após ter sido capturado por piratas.
- No ano de 1581 foi morar na cidade de Lisboa, onde escreveu peças de teatro.
- Em 1583 casou-se com Catalina de Palacios Salazar.
- Em 1587 foi nomeado comissário real da Armada espanhola.
- Em 1593 publicou o romance La casa de los celos.
- Em 1597 foi preso na cidade de Sevilha.
- Em 1605 publicou a primeira parte de Dom Quixote.
- Em 1613 entrou para a Ordem terceira de São Francisco.
- Em 1615 publicou a segunda parte de Dom Quixote.

Principais obras de Cervantes:

- Dom Quixote de La Mancha
- Oito comédias e oito entremezes nunca antes representados
- A Numancia
- O trato de Argel
- Os trabalhos de Persiles e Sigismunda
- O cerco de Numancia (peça de teatro)

Dom Quixote de La Mancha

Dom Quixote é o título de um livro do escritor espanhol Miguel de Cervantes (1547-1616). A primeira parte deste livro foi publicada em 1605. É uma das obras mais conhecidas da literatura mundial. Já foi traduzida para diversas línguas.

O livro é interessante, pois, mostra as paisagens da região da Espanha no período pós Idade Média. Mergulha também no imaginário e nas fantasias do personagem principal. Embora passe por situações de privação e, muitas vezes, ridículas, Dom Quixote desperta um sentimento de simpatia. A fé e o entusiasmo motivam o leitor, pois os sentimentos do cavaleiro são nobres e puros.
A história de "Dom Quixote" atravessou os séculos e continua atraindo leitores de todo o mundo. No mesmo ano em que foi lançada, a obra ganhou seis edições, fato muito raro para a época. Além disso, o livro se transformou em fonte de inspiração para outras criações literárias, como filmes, novelas, peças teatrais, óperas, balés e desenhos animados. Dois gênios da pintura espanhola, Salvador Dalí e Pablo Picasso, tentaram transportar para o visual os personagens criados por Cervantes. A influência do livro maiôs conhecido do escritor espanhol é tão grande que existe um adjetivo para classificar pessoas que são extremamente sonhadores e idealistas _quixotesco.
O grande sucesso de crítica e público de "Dom Quixote" trouxe problemas para o autor. Uma pessoa não identificada, usando o nome falso de Alonso Fernandez Avellaneda, publicou a suposta segunda parte da obra.
Revoltado com a falsificação, Cervantes, em 1616, no mesmo ano de sua morte, lançou a segunda parte do romance, em que o humor cede lugar à sátira. Precursor do realismo na Espanha, Cervantes teve a sua obra literária foi completada postumamente, com a edição de "Os Trabalhos de Persiles e Sugismunda" (1617).

Título do livro


O titulo do livro é o mesmo do herói da história, Dom Quixote de La Mancha, o cavaleiro andante que vive diversas aventuras pelo interior da Espanha.

Enredo de Dom Quixote de La Mancha

O protagonista da obra é Dom Quixote, um pequeno fidalgo castelhano que perdeu a razão pela leitura assídua dos romances de cavalaria e pretende imitar seus heróis prediletos. O romance narra as suas aventuras em companhia Sancho Pança, seu fiel amigo e companheiro, que tem um perfil mais realista. A ação gira em torno das três incursões da dupla por terras de La Mancha, de Aragão e de Catalunha. Nessas incursões, ele se envolve em uma série de aventuras, mas suas fantasias são sempre desmentidas pela dura realidade. O efeito é altamente humorístico.
O verdadeiro nome do pobre fidalgo é Alonso Quijano (Quixano), chamado pelos vizinhos de o Bom. Já de certa idade, entrega-se à leitura desses romances e sua loucura começa quando toma por realidades históricas indiscutíveis as façanhas dos personagens dos livros, as quais comenta com os amigos, o cura e o barbeiro do lugar. Quijano investe-se dos ideais cavalheirescos de amor, de paz e de justiça, e prepara-se para sair pelo mundo, em luta por tais valores e por viver o seu próprio romance de cavalaria. Escolhe um título para si mesmo, o de Don Quijote de la Mancha, apelida um cavalo velho e descarnado com o nome de Rocinante e elege como dama ideal de seus sentimentos uma simples camponesa a quem dá o nome de Dulcinea del Toboso, suposta dama de alta nobreza.

Música inspirida em Dom Quixote

Dom Quixote


Engenheiros do Hawaii
Composição: Humberto Gessinger / Paulo Gauvão

Muito prazer, meu nome é otário

Vindo de outros tempos mas sempre no horário

Peixe fora d\'água, borboletas no aquário

Muito prazer, meu nome é otário

Na ponta dos cascos e fora do páreo

Puro sangue, puxando carroça

Um prazer cada vez mais raro

Aerodinâmica num tanque de guerra,

Vaidades que a terra um dia há de comer.

\"Ás\" de Espadas fora do baralho

Grandes negócios, pequeno empresário.

Muito prazer me chamam de otário

Por amor às causas perdidas.

Tudo bem, até pode ser

Que os dragões sejam moinhos de vento

Tudo bem, seja o que for

Seja por amor às causas perdidas

Por amor às causas perdidas

Tudo bem... Até pode ser

Que os dragões sejam moinhos de vento

Muito prazer... Ao seu dispor

Se for por amor às causas perdidas

Por amor às causas perdidas



Bibliografia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Dom_Quixote

http://letras.terra.com.br/engenheiros-do-hawaii/72889/

http://www.suapesquisa.com/biografias/miguel_cervantes.htm

http://www.ufrgs.br/proin/versao_1/autores2/index15.html

http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u139.jhtm